Ainda não tivemos essa aula, no mento da construção dessa página, pois hoje é dia 14 e a entrega do portifólio é dia 16, o mesmo dia da formulação da nova síntese dessa SP. Irei postar aqui a síntese provisória e minhas respostas. Porém mais para frente, completo com a reflexão da aula.
Problemas:
1-Trabalha várias horas por dia deixando de lado seu autocuidado
2-Sofre com cálculos renais a mais de 10 anos
3-Dor lombar intensa que impede de trabalhar
4-So vai ao médico quando sente dor
5-Eliminou pedras na urina, exame lab. Evidenciou cristais de oxalato de cálcio, palidez, cansaço e inchaço nas pernas
6- Urinado em menor volume
7-Exame mostrou edema generalizado e resultados alterados
8-Foi internada, realizou ultrassonografia abs, que mostrou rins de tamanho reduzido, com numerosas formações densas em seu interior
9- Transferida para UTI e liberada para dieta hipossódica e hipoproteica
10- Ureia, creatinina, potássio, FR:28 é PA elevada
Hipóteses:
1- (1,2 e 3 ) Devido ao descuido com a própria saúde, esse costume colaborou para um quadro de exames irregulares e prejudiciais ao funcionamento do cotidiano
2- (3 e 4) Muito tempo com esforço físico sobre a coluna e também devido o cálculo renal com dor localizada na região da lombar
3- (5 e 6) Baixa ingestão de água, deixando mais propício a formação de cálculos renais devido a falta de filtração de impurezas no sangue pelos rins
4-(5,6 e 7) Desregulação da homeostase com base ao acúmulo de água nas células devido a osmose pelo fato da formação das pedras formadas por minerais, deixando mais propício a retenção e resultado a formação de edemas, dificultando a eliminação de líquido, totalmente ligado aos problemas renais, sobre a ineficiência do néfron relacionado a filtração do sangue
5-(8,9 e 10) Baixa capacidade de filtração sanguínea e chegando a um ponto em que a hemodiálise está se tornando ineficiente (disfunção renal), agravando mais ainda seu quadro clínico, piorando também devido a idade, sendo até mesmo considerado um transplante renal
QAS:
1- Explique os processos das funções renais endócrinas e exócrinas
2- Oque é hemodiálise e diálise e qual a diferença entre ambas ?
3- Quais os critérios para um paciente ser encaminhado para diálise ou transplante renal?
4- Oque é um néfron e qual sua principal função ?
5-Qual é o impacto do excesso de sódio e proteínas na dieta para pacientes com insuficiência renal?
6- Qual a relação da pressão arterial alterada com o sistema renal alterado ?
7- Como é possível relacionar a homeostase com o funcionamento dos rins com base o equilíbrio eletrolítico e ácido básico ?
8- Como o Sistema nervoso e o endócrino atuam regulando a função renal ?
1- Explique os processos das funções renais endócrinas e exócrinas.
As funções renais endócrinas e exócrinas englobam processos cruciais para a manutenção da homeostase e regulação de diversos sistemas no corpo.
Função renal endócrina:
A função endócrina dos rins está relacionada à produção e secreção de hormônios que atuam em locais distantes do corpo, regulando processos fisiológicos importantes. Um exemplo chave é a produção de eritropoietina (EPO), um hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. A EPO é liberada em resposta à baixa oxigenação sanguínea, garantindo um fornecimento adequado de oxigênio aos tecidos. Outro hormônio produzido pelos rins é a renina, uma enzima que desempenha um papel fundamental no sistema renina-angiotensina-aldosterona, regulando a pressão arterial e o balanço de sódio. A renina é liberada em resposta à diminuição da pressão arterial ou do fluxo sanguíneo renal, desencadeando uma cascata que leva à vasoconstrição e à reabsorção de sódio, aumentando, assim, a pressão arterial. Além disso, os rins convertem a vitamina D3 em sua forma ativa, o calcitriol, que regula a absorção de cálcio no intestino e a homeostase do cálcio no corpo.
Função renal exócrina:
A função exócrina dos rins é caracterizada pela produção e eliminação da urina, um processo que envolve a filtração do sangue, reabsorção de substâncias essenciais e secreção de substâncias indesejáveis. O processo tem início com a filtração do plasma nos glomérulos, estruturas especializadas nos néfrons, as unidades funcionais dos rins. O filtrado resultante contém água, íons, glicose, aminoácidos e outras pequenas moléculas, mas é livre de proteínas e células sanguíneas. À medida que o filtrado percorre os túbulos renais, ocorre a reabsorção de substâncias essenciais, como glicose, aminoácidos, água e íons, de volta para a corrente sanguínea. Simultaneamente, substâncias indesejáveis, como ureia, creatinina e drogas, são secretadas do sangue para o lúmen tubular. O líquido resultante, a urina, é então transportado para a bexiga urinária e, posteriormente, eliminado do corpo pela uretra.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, páginas 589-590.
2- O que é hemodiálise e diálise e qual a diferença entre ambas?
A hemodiálise e a diálise peritoneal são procedimentos médicos que realizam artificialmente a função de filtração do sangue, removendo resíduos e excesso de fluidos do corpo quando os rins não estão funcionando adequadamente. Ambas as técnicas se baseiam no princípio da difusão, em que as substâncias se movem de uma área de maior concentração para uma de menor concentração através de uma membrana semipermeável.
A principal diferença entre a hemodiálise e a diálise peritoneal reside no local onde ocorre a filtração do sangue. Na hemodiálise, o sangue do paciente é retirado do corpo e bombeado através de um filtro especializado, chamado de dialisador, que contém uma membrana semipermeável. O dialisador está imerso em uma solução de diálise, e os resíduos e o excesso de fluidos se difundem do sangue através da membrana para a solução de diálise, que é, posteriormente, descartada. O sangue limpo, então, retorna ao corpo do paciente. Já a diálise peritoneal utiliza o peritônio, uma membrana natural que reveste a cavidade abdominal, como filtro. Uma solução de diálise é introduzida na cavidade peritoneal através de um cateter, e os resíduos e o excesso de fluidos se difundem do sangue, presente nos capilares peritoneais, para a solução de diálise. Após algumas horas, a solução de diálise, agora contendo os resíduos, é drenada da cavidade peritoneal.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, página 605.
3- Quais os critérios para um paciente ser encaminhado para diálise ou transplante renal?
Os critérios para encaminhamento de um paciente para diálise ou transplante renal são determinados com base na taxa de filtração glomerular (TFG) e na presença de sintomas urêmicos.
A TFG é a medida mais utilizada para avaliar a função renal e indica a quantidade de plasma filtrada pelos glomérulos por unidade de tempo. Quando a TFG cai abaixo de 15 mL/min, considera-se que o paciente tem insuficiência renal e necessita de terapia renal substitutiva, como diálise ou transplante. Essa condição é também chamada de estágio final da doença renal ou ESRD (do inglês, end-stage renal disease).
Além da TFG, a presença de sintomas urêmicos também é um critério para iniciar a diálise. Esses sintomas, como náuseas, vômitos, fadiga e prurido, são causados pelo acúmulo de toxinas urêmicas no sangue, que normalmente seriam excretadas pelos rins. Mesmo que a TFG esteja um pouco acima de 15 mL/min, a presença de sintomas urêmicos graves pode indicar a necessidade de iniciar a diálise.
O transplante renal é considerado a melhor opção de tratamento para a insuficiência renal, pois oferece maior qualidade de vida e sobrevida em comparação à diálise. No entanto, nem todos os pacientes são elegíveis para o transplante, e a disponibilidade de órgãos é limitada. Os critérios para o transplante renal incluem a ausência de doenças graves que possam comprometer o sucesso do procedimento, como câncer ativo ou infecções graves, além da compatibilidade imunológica entre o doador e o receptor.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, páginas 605 e 590.
4- O que é um néfron e qual sua principal função?
O néfron é a unidade funcional básica do rim, responsável pela formação da urina. Cada rim humano contém cerca de um milhão de néfrons, cada um capaz de realizar todas as funções renais.
Estruturalmente, o néfron é um longo túbulo com diversas regiões especializadas ao longo de seu comprimento. Ele se inicia com uma estrutura em forma de taça, a cápsula de Bowman, que envolve um agrupamento de capilares sanguíneos, o glomérulo. A partir da cápsula de Bowman, o túbulo se divide em várias partes: o túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal e o ducto coletor. Cada uma dessas regiões possui características específicas que permitem a realização de diferentes processos na formação da urina.
A principal função do néfron é filtrar o sangue, reabsorver substâncias essenciais e secretar substâncias indesejáveis, resultando na produção da urina. O processo tem início com a filtração do plasma nos capilares glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. O filtrado glomerular resultante percorre o túbulo renal, onde ocorre a reabsorção de substâncias importantes, como glicose, aminoácidos, água e íons, de volta para o sangue. Simultaneamente, substâncias indesejáveis, como ureia, creatinina e drogas, são secretadas do sangue para o lúmen do túbulo. O líquido resultante, a urina, é então drenado para a pelve renal e, posteriormente, eliminado do corpo.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, páginas 591-594.
5- Qual é o impacto do excesso de sódio e proteínas na dieta para pacientes com insuficiência renal?
O excesso de sódio e proteínas na dieta pode ter um impacto significativo em pacientes com insuficiência renal, exacerbando os sintomas e acelerando a progressão da doença.
Em relação ao sódio, o consumo excessivo pode levar à retenção de líquidos, aumento da pressão arterial e sobrecarga cardíaca, condições que já são preocupantes em pacientes com função renal comprometida. A incapacidade dos rins de excretar adequadamente o sódio leva ao seu acúmulo no organismo, resultando em aumento do volume sanguíneo e, consequentemente, da pressão arterial. Isso sobrecarrega o coração, que precisa trabalhar mais para bombear o sangue, aumentando o risco de insuficiência cardíaca. Além disso, a retenção de líquidos pode causar edema, especialmente nos membros inferiores, e desconforto respiratório.
Já o excesso de proteínas na dieta aumenta a carga de trabalho dos rins, que precisam filtrar e excretar os resíduos metabólicos gerados pela metabolização das proteínas, como a ureia. Em pacientes com insuficiência renal, essa sobrecarga pode acelerar a perda da função renal e levar à necessidade de diálise precocemente. Além disso, o metabolismo das proteínas gera ácidos, que podem contribuir para a acidose metabólica, um distúrbio comum em pacientes com doença renal crônica.
Portanto, a restrição de sódio e proteínas na dieta é uma parte fundamental do tratamento da insuficiência renal, ajudando a controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, páginas 604-605.
6- Qual a relação da pressão arterial alterada com o sistema renal alterado ?
A pressão arterial e o sistema renal mantêm uma relação intrínseca e bidirecional, de forma que alterações em um sistema podem impactar significativamente o outro.
O sistema renal desempenha um papel crucial na regulação da pressão arterial a longo prazo, principalmente através do controle do volume de líquidos corporais e da secreção de substâncias vasoativas. Os rins filtram o sangue, reabsorvem a maior parte do líquido filtrado e excretam o excesso na forma de urina. Quando a pressão arterial está elevada, os rins aumentam a excreção de sódio e água, reduzindo o volume sanguíneo e, consequentemente, a pressão arterial. Por outro lado, quando a pressão arterial está baixa, os rins retêm sódio e água, aumentando o volume sanguíneo e elevando a pressão arterial. Além disso, os rins secretam substâncias vasoativas, como a renina, que participa do sistema renina-angiotensina-aldosterona, um importante mecanismo de regulação da pressão arterial. A renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I, que é posteriormente convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA). A angiotensina II é um potente vasoconstritor que aumenta a pressão arterial e estimula a liberação de aldosterona pelas glândulas suprarrenais. A aldosterona promove a reabsorção de sódio e água nos rins, contribuindo para o aumento do volume sanguíneo e da pressão arterial.
Por outro lado, a pressão arterial alterada pode afetar a função renal. A hipertensão arterial crônica, por exemplo, pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, incluindo as arteríolas aferentes e eferentes, que controlam o fluxo sanguíneo glomerular. Essa lesão vascular pode levar à diminuição da taxa de filtração glomerular e à progressão da doença renal crônica. Além disso, a hipertensão arterial pode causar hipertrofia e fibrose do tecido renal, comprometendo ainda mais a função renal. Em contrapartida, a hipotensão arterial pode reduzir o fluxo sanguíneo renal, levando à isquemia e lesão renal aguda.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulo 19, páginas 590 e 602-603; Capítulo 20, páginas 621-622.
7- Como é possível relacionar a homeostase com o funcionamento dos rins com base no equilíbrio eletrolítico e ácido básico?
A homeostase, ou seja, a manutenção de um ambiente interno estável, depende crucialmente do funcionamento adequado dos rins, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio eletrolítico e ácido-básico. Os rins atuam como reguladores precisos, ajustando a excreção de íons e a secreção de ácidos ou bases para manter a concentração ideal dessas substâncias no sangue e nos fluidos corporais.
No contexto do equilíbrio eletrolítico, os rins controlam a reabsorção e excreção de íons como sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto e fosfato. Essa regulação é essencial para garantir a osmolaridade sanguínea adequada, a função neuromuscular, a excitabilidade celular e diversos outros processos fisiológicos. Por exemplo, a aldosterona, um hormônio secretado pelas glândulas suprarrenais, atua nos rins para aumentar a reabsorção de sódio e a excreção de potássio, mantendo o equilíbrio desses eletrólitos.
Em relação ao equilíbrio ácido-básico, os rins desempenham um papel fundamental na manutenção do pH sanguíneo dentro da faixa fisiológica (7,35-7,45). Eles fazem isso através da reabsorção de bicarbonato, um importante tampão sanguíneo, e da excreção de íons hidrogênio. Além disso, os rins podem gerar novo bicarbonato e excretar amônia, que se combina com íons hidrogênio na urina, contribuindo para a eliminação de ácidos do corpo. A regulação renal do equilíbrio ácido-básico é mais lenta do que a compensação respiratória, mas é fundamental para a correção a longo prazo de distúrbios ácido-básicos.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulos 19 e 20, páginas 589-605 e 611-631.
8- Como o Sistema nervoso e o endócrino atuam regulando a função renal ?
O sistema nervoso e o sistema endócrino desempenham papeis cruciais na regulação da função renal, influenciando processos como a taxa de filtração glomerular (TFG), a reabsorção tubular e a secreção de substâncias.
O sistema nervoso autônomo, principalmente através da inervação simpática, exerce controle sobre o fluxo sanguíneo renal e a TFG. Em situações de estresse ou diminuição da pressão arterial, a ativação simpática causa vasoconstrição das arteríolas renais, reduzindo o fluxo sanguíneo renal e a TFG. Isso resulta em menor produção de urina e maior retenção de líquidos, contribuindo para a manutenção da pressão arterial. Além disso, a inervação simpática também pode modular a reabsorção de sódio nos túbulos renais, influenciando o balanço de fluidos e eletrólitos.
O sistema endócrino, por sua vez, atua na regulação renal através de diversos hormônios. A vasopressina, ou hormônio antidiurético (ADH), é liberada pela neuro-hipófise em resposta ao aumento da osmolaridade sanguínea ou à diminuição do volume sanguíneo. A vasopressina aumenta a permeabilidade à água nos ductos coletores, promovendo a reabsorção de água e a concentração da urina. O sistema renina-angiotensina-aldosterona, já mencionado anteriormente, também desempenha um papel importante na regulação renal. A angiotensina II, além de seu efeito vasoconstritor, estimula a liberação de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e a secreção de potássio nos túbulos renais. O peptídeo natriurético atrial (ANP), liberado pelos átrios cardíacos em resposta ao aumento do volume sanguíneo, atua nos rins para aumentar a excreção de sódio e água, contribuindo para a redução da pressão arterial.
Referência: Silverthorn, D. U. (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª edição. Capítulos 19 e 20, páginas 599-603 e 621-624.