Esse novo semestre, pretendo escrever um portifólio mais resumido e com menos informação, dando mais enfoque nas reflexões sobre as aulas e menos nos conteúdos abordados por dois motivos. O principal, é que eu não estudo pelo portifólio, na realidade, depois de escrito eu nunca mais volto nesse portifólio, a não se para mostra-lo para o professor. Segundo, que o portifólio me consome um tempo gigantesco, que eu poderia estar utilizando para coisas mais funcionais, como estudo, lazer ou para projetos de pesquisas que estou participando. Sendo assim, vejo que a parte da reflexão é a única que eu, Marco, considero realmente importante e é nela que eu darei uma atenção especial, principalmente a cerda da escrita do portifólio, visto que, por mim, esse portifólio não existiria e não seria escrito, mas como é mandatório, estou eu aqui, perdendo meu tempo, fazendo algo que não me acrescentará em nada, somente para satisfazer o cronograma imposto pela faculdade.
Iniciamos a tutoria nos apresentando e expondo nossa maneira de esvaziar a mente. Tenho uma nova tutora, a Professora Clarice, que por sinal, fiquei muito aliviado. Minha tutora do semestre passado era maravilhosa e fiquei com muito medo da qualidade e do meu gosto pela tutoria decair devido a diferença da capacidade dos tutores. Contudo, me fui positivamente supreendido, apesar da Clarice ter uma dinâmica completamente diferente da minha tutora do semestre passado, ela não deixa de ser tão incrpivel quanto. Possui uma capacidade singular de se conectar com os alunos, nos estimula ao raciocínio crítico e fornce informação a mais na construção da nova síntese que são essenciais para nosso crescimento acadêmico, estou muito satisfeito com a tutora que me foi selecionada.
Seguindo a aula, realizamos uma oficina ‘’Como fazer criticas’’. Lemos um texto e pontuamos de 1 a 5 quais os critérios para um retorno efetivo.
O inicio do texto descrevia o seguinte:
Fazer e receber críticas é um dos mais significativos métodos para o acompanhamento do crescimento pessoal. Por ser uma ferramenta poderosa, aqueles que recebem críticas podem em determinadas situações sentirem-se injustiçados e até mesmo insultados por causa de um inadequado ou inapropriado retorno (feedback). Se o retorno for dado corretamente, os participantes aprendem a fazer e receber críticas e com maior probabilidade poderão utilizar essas informações para um efetivo desenvolvimento profissional. Verifique e pontue os 5 critérios que você considere os mais importantes para um retorno efetivo.
Então, nos foi dado as seguintes opções:
Cuidado - A crítica deve sempre ser feita com o máximo de cuidado. A intenção daquele que faz a crítica deve sempre ser de ajuda e suporte ao participante.
Atenção - Aquele que faz críticas deve ser, acima de tudo, um bom ouvinte. Deve mostrar-se preocupado com a pessoa e estar atento às suas respostas verbais e não-verbal ao receber as críticas.
Solicitação - O retorno é mais efetivo quando o avaliado o solicitar. O participante que se mostra interessado em ouvir críticas estará provavelmente mais aberto a identificar as áreas que requerem atenção.
Especificidade - O bom retorno é específico e concreto. Conceitos vagos como "Você abordou bem a dimensão da gestão, mas precisa melhorar na abordagem do cuidado à saúde" não permitem identificar no que o desempenho foi bom e como melhorar o que está inadequado. A crítica precisa apontar como um desempenho pode ser reforçado ou mudado. Afetividade - O bom retorno deve ser mais do que uma simples constatação de fatos. Aquele que faz uma crítica deve expressar seus sentimentos para que o participante possa perceber o impacto de seu desempenho.
Objetividade - O retorno composto de julgamentos exclusivamente subjetivos ou avaliações com tom acusador ou repressor provavelmente colocará as pessoas em posição defensiva. Embora todo julgamento seja um juízo de valor, neste caso deve ser realizado segundo bases claras, com coerência de critérios, descrevendo a situação tal como ela foi compreendida. Desta forma é possível que cada um chegue às suas próprias conclusões.
Oportunidade - O retorno mais útil é aquele oferecido na oportunidade que encontre a pessoa mais receptiva e que o desempenho ainda esteja em sua mente. A oportunidade deve, ainda, possibilitar a correção ou melhoria do desempenho. O retorno não será útil se os pontos negativos forem sendo anotados e apenas comentados ao final do trabalho quando não há mais nada a ser feito.
Direção - O retorno deve ser dirigido aos comportamentos que podem ser mudados. A crítica efetiva deve focalizar as áreas de competência que podem ser melhoradas e sugestões de como fazê-lo podem ser apontadas os envolvidos. O retorno que abordar questões além do controle da pessoa são menos úteis.
Confirmação - Deve-se buscar em outras fontes a confirmação da percepção sobre um determinado desempenho do participante. O entendimento de uma determinada situação pode ser diverso, uma vez que todo julgamento incorpora juízos de valor e, neste sentido, outras perspectivas podem confirmar ou alterar uma determinada percepção.
Compreensão - Ao fazer as críticas, deve-se assegurar que cada participante compreendeu o retorno que foi feito. Deve-se buscar identificar qual foi o entendimento da pessoa a respeito do retorno oferecido.
Minha Classificação foi: 1- Cuidado, 2- Compreensão, 3- Confirmação, 4- Direção, 5- Especificidade.
Me justifiquei com a turma, das escolhas e cada aluno falou suas classificações e explicou o porquê da escolha de cada uma delas.
Depois, realizamos a construção das Potências, desafios e Expectativas, como no semestre passado:
Minha potência, facilidade em comunicação e direcionamento do grupo. Desafio: geralmente tenho dificuldade de trabalhar em grupo e desejo fazer a maioria das coisas sozinho. Minha expectativa é conseguir construir respostas mais claras e menores com a mesma efetividade das respostas enormes e complexas que eu acabei trazendo no semestre passado.
Por fim, realizamos a construção de um quadro com as potências, desafios e expectativas de cada um e, em seguida, realizamos o pacto:
Pontualidade (10 minutos de tolerância / Avisar horário)
Participação
Respeito com os colegas do grupo
Confidencialidade
No segundo momento da aula, formulamos a síntese provisório, que vou deixar a seguir:
PROBLEMAS:
Falta de planejamento para uma trilha ``pesada``.
Cansaço, suor excessivo.
Nervosismo por ter se perdido na trilha.
Pedro suava intensamente e tinha o coração acelerado.
Lucas tinha respiração ofegante, olhos e pele secos.
Lucas desmaiou primeiro que Pedro, o que aumentou o nervosismo desse.
O coração de Pedro disparou mais ainda, o suor molhava toda a roupa e suas vista escureceram.
Hipóteses:
A escassez hídrica em conjunto com o sol quente e região seca que gerava um suor excessivo pode ter levado a desidratação e insolação. (2, 4, 5, 6, 7)
Falta de orientação de guia foi o que levou eles a se perderem. (1, 3)
O nervosismo junto ao medo de Pedro pode ter levado ao aumento da pressão, aumento da produção de adrenalina, e como uma resposta de defesa do corpo com atuação do sistema nervoso autônomo e endócrino, levou a que ele desmaiasse.
Os dois podem ter tido hipoglicemia uma vez que haviam levado pouco alimento.
QA`s:
1 - Qual a definição de homeostase e qual a importância dela para o organismo.
2 - Qual o conceito de desidratação, insolação e seus graus de intensidade.
3 - Qual a conduta para o tratamento de pacientes com desidratação e/ou insolação.
4 - Como os sistemas nervoso e endócrino atuam em situações de estresse momentâneo por desidratação, temperatura e psicológico? (Adrenalina, Cortisol e Noradrenalina)
Na aula seguinte, trouxemos às respostas para a Nova Síntese. Uma coisa interessante, é que neste semestre não estamos construindo uma junção das respostas, o que sinceramente, acho que não faz diferença para mim, uma vez que não estudo por este meio. Mas acredito que alguns dos meus colegas podem acabar se sentindo defasados por conta disso. Na minha opinião é algo positivo. Seguem minhas respostas:
1- A palavra homeostase deriva de duas palavras gregas, “Homeo” que significa similar, semelhante e “Stasis”, que significa estabilidade, estático. E sua origem etimológica descreve bem o seu significado dentro da fisiologia. A homeostase é a capacidade do organismo de manter um ambiente interno estável, apesar das variações externas. Isso inclui regular a temperatura corporal, a pressão arterial, os níveis de açúcar no sangue, o pH, a concentração de eletrólitos e muitas outras variáveis fisiológicas. Para conseguir isso, o corpo conta com sistemas de controle complexos, que monitoram constantemente essas variáveis e fazem os ajustes necessários para mantê-las dentro de faixas ideais.
A homeostase é mantida por meio de mecanismos de feedback negativo e positivo. O feedback negativo é uma reação do organismo, frente a uma mudança da faixa ideal de uma variável fisiológica, desencadeando uma resposta que visa corrigir esse desvio e retornar ao estado de equilíbrio, como, por exemplo, na regulação da temperatura corporal (sudorese e calafrio), da pressão arterial (vasodilatação e vasoconstrição) e dos níveis de açúcar no sangue (liberação de insulina e glucagon). Já o feedback positivo é um mecanismo de reforço à estímulos iniciais recebidos pelo organismo, como uma febre (o organismo mantém a temperatura alta, mesmo depois dela subir), parto (aumento das contrações após a primeira), ou quando existe um corte com perda de sangue (aumento do comando de produção de plaquetas). O sistema nervoso e o sistema endócrino desempenham papeis fundamentais na regulação da homeostase, comunicando-se e coordenando as respostas dos diferentes órgãos e sistemas.
A homeostase garante que todas as células, tecidos e órgãos funcionem de forma coordenada e eficiente, permitindo que o corpo realize suas atividades vitais, como respirar, digerir alimentos, pensar, se movimentar e se defender de doenças. Um desequilíbrio na homeostase pode levar a doenças e distúrbios como: diabetes, hipertensão, hipotermia, desmaios, hipo ou hiperglicemia e diversos outros. Por isso sua importância é essencial para a manutenção da vida, ela é a base da saúde e do bem-estar e permite a continuidade da vida, fisiologicamente, frente às mudanças ambientais que o organismo enfrenta no dia a dia.
2- A desidratação, para a fisiologia, pode ser definida como um estado em que o corpo perde mais água do que ingere, resultando em um déficit hídrico que compromete a homeostasia do organismo. A desidratação pode ser acarretada por diversos fatores, como suor excessivo, vômitos, diarreia, poliúria, ou pela baixa ingestão de líquidos, o que pode acabar gerando a não reposição das perdas de água comum do organismo. A água, possui papeis importantíssimos no organismo, sendo essencial para a vida e representando entre 60 a 70% do peso corporal. Sua funções vitais mais características é ser um Solvente universal no nosso organismo, isso acarreta na sua capacidade de dissolver uma grande variedade de substâncias, permitindo que elas sejam transportadas pelo sangue e participem de reações químicas essenciais.
Além disso, a água ainda auxilia na regulação da temperatura corporal, por meio da sudorese, que devido a sua alta capacidade térmica, ao evaporar, retira uma grande quantidade de calor do organismo. Pode atuar também como lubrificante em diversas partes do organismo como articulações e olhos, atua no transporte de nutrientes e oxigênio e participa diretamente de diversas reações químicas importantes no organismo.
Quando ficamos desidratados, funções vitais são comprometidas no organismo. Podendo até mesmo levar à morte. Os sintomas mais comuns de desidratação incluem: sede intensa, boca seca, oligúria, colúria, pele seca, cansaço, vertigem, cefaleia, confusão mental, taquicardia e diminuição da pressão arterial.
A autora Silverthorn, em seu livro: Fisiologia Humana, classifica a desidratação em 3 níveis principais. Desidratação leve, no qual há uma perda de 2 a 5% da ACT (água corporal total); moderada a grave, no qual a uma perda de 6 a 10% da ACT e grave, onde temos uma perda maior do que 10% da ACT. A avaliação desses níveis é realizada utilizando avaliação clínica em conjunto com exames laboratoriais e algumas vezes com um monitoramento da variação corpórea.
A insolação gera o chamado hipertermia, que é uma condição grave no qual a temperatura corporal interna excede 40ºC. Isso acontece devido à exposição prolongada ao calor excessivo. Existem diversos graus de intensidade de insolação, porém podemos classificá-los de forma generalista em 3 níveis: Leve, que caracteriza sudorese intensa, tontura, náusea e fraqueza; Moderado, que caracteriza confusão mental, dor de cabeça, calafrios e convulsões; E Graves, que é caracterizado por perda de consciência, coma, falência de órgão e por consequência, morte. A insolação pode levar a um quadro de desidratação devido a sudorese exagerada e a desidratação em si aumenta o risco de insolação quando o organismo é exposto a altas temperaturas.
3- O tratamento para uma desidratação visa controlar os sintomas e repor os fluidos e eletrólitos perdidos, além disso, identificar e tratar a causa da perda de líquidos pelo paciente. A conduta varia de acordo com o grau de intensidade da desidratação. Na desidratação leve a moderada, é feito uma reposição de líquidos por via oral, a qual consiste na primeira linha de tratamento para a maioria dos casos de desidratação. Geralmente utiliza-se soluções de reidratação oral (SROs) pois contém a combinação ideal de água, sais e açúcares para repor os eletrólitos perdidos e promover uma absorção adequada de líquidos pelo intestino. De acordo com a OMS, é recomendado a seguinte composição do SRO: sódio (75 mEq/L), glicose (75 mmol/L), potássio (20 mEq/L), cloreto (65 mEq/L), citrato (10 mmol/L). Também existe o monitoramento do paciente e da urina para observar se existem sinais de melhoras ou não e o tratamento da causa, como vômitos, diarreia, hipertermia, etc. Nos casos de desidratação grave, a reposição de líquidos intravenosos se vê necessária para corrigir rapidamente o déficit hídrico e eletrolítico. As soluções e a taxa administrada dependerá do quão grave é o quadro do paciente e de sua capacidade de ingestão oral para auxílio da recuperação. Também é necessário um monitoramento rigoroso dos parâmetros do paciente como pressão, hematócritos e níveis de eletrólitos no sangue, assim como sua urina. Além disso, assim como na desidratação leve, tratar com urgência a fonte de desidratação.
Já a insolação é uma emergência médica mais grave e necessita intervenção mais imediata para tratar a fonte do aumento da temperatura corporal o mais rápido possível, para prevenir danos maiores ao organismo. O tratamento inclui resfriamento rápido com: imersão do paciente em água fria, aplicação de compressas frias ou gelo em áreas como axilas, virilhas e pescoço, ventilação boa. Além disso, devido a sudorese excessiva ser um dos sintomas da insolação, deve-se reidratar o paciente com líquidos via oral ou intravenosa a depender da intensidade da desidratação e da condição do paciente. Deve-se monitorar a função cardíaca, sinais vitais e a função neurológica do paciente e em casos mais graves, pode-se ver necessário o suporte respiratório ou outras medidas de suporte à vida. Como diversas complicações podem surgir da insolação, é importante também ficar atento a convulsões, insuficiência renal ou choque, os quais devem receber tratamento imediato.
4- Durante um quadro de estresse, o organismo possui mecanismos para re-estruturar a homeostase corpórea. Alguns sistemas possuem suma importância nessa regulação, como o sistema nervoso e endócrino, que trabalham junto para manter a homeostasia corporal. Um é co-dependente do outro, e trabalham paralelamente para a regulação corpórea.
Na desidratação, o sistema nervoso promove respostas imediatas para regular a pressão arterial. O sistema nervoso percebe a diminuição da pressão arterial, causada pela diminuição do volume sanguíneo, por meio de barorreceptores localizados no arco aórtico e seio carotídeo. A sinalização é transmitida pelos nervos sensoriais até o bulbo do tronco encefálico, onde se localiza o controle cardiovascular. Quando a informação chega ao sistema nervoso central, respostas são ativadas (feedback negativo). O sistema nervoso simpático estimula um aumento da frequência cardíaca (cronotropismo positivo) e a força de contração do coração (inotropismo positivo) por meio da liberação de noradrenalina nos receptores Beta1 do coração. Ele também promove a vasoconstrição periférica, principalmente pela liberação de noradrenalina em receptores alpha1 nas arteríolas da pele, músculos e órgãos viscerais. O hipotálamo, por sua vez, estimula a sensação de sede por meio da ativação de osmorreceptores que detectam um aumento na osmolaridade plasmática.
Enquanto isso, o sistema endócrino atua nos rins para conservar água. A resposta fisiológica ocorre frente ao aumento da osmolaridade plasmática e da diminuição da PA liberando o hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) pela neuro-hipófise. Este atua nos rins, aumentando a permeabilidade dos ductos coletores de água, resultando em maior reabsorção de água e produção de urina mais concentrada. Em conjunto, o córtex da glândula suprarrenal libera aldosterona em resposta a diminuição da PA e à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Este é um complexo sistema hormonal que desempenha um papel crucial na regulação da pressão arterial, do volume sanguíneo e do equilíbrio eletrolítico no corpo. Ele envolve uma cascata de reações enzimáticas e hormonais que culminam na produção de aldosterona. A aldosterona atua nos rins, aumentando a reabsorção de sódio nos túbulos distais e ductos coletores, o que leva à reabsorção passiva de água e aumento do volume sanguíneo.
Já em uma situação de desregulação da temperatura corporal (hipertermia ou hipotermia), o sistema nervoso central atua por meio de termorreceptores do hipotálamo e da pele que detectam a variação da temperatura corporal ativando mecanismos de resfriamento. Em caso de hipertermia, o hipotálamo integra as informações dos termorreceptores e ativa mecanismos de resfriamento corpóreo: o SNA simpático promove a vasodilatação cutânea por meio da inibição do tônus simpático nas arteríolas da pele, aumentando o fluxo sanguíneo e a perda de calor por radiação e convecção. Ele também estimula as glândulas sudoríparas a produzir suor e o córtex cerebral, em conjunto, pode diminuir a atividade muscular voluntária para diminuir a produção de calor metabólico.
Paralelamente, o sistema endócrino pode agravar a condição em casos extremos. O eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, em hipertermia, pode acarretar na liberação de cortisol e adrenalina, que aumentam o metabolismo e a produção de calor, agravando a hipertermia. Esse eixo funciona da seguinte forma: O hipotálamo libera o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), que estimula a hipófise anterior que por sua vez, libera o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) na corrente sanguínea e o ACTH atinge o córtex das glândulas suprarrenais, estimulando a produção e liberação de cortisol. Esse processo ocorre para que haja aumento da liberação de energia para ativação de mecanismos de resfriamento do organismo, porém pode acarretar em um aumento ainda maior do metabolismo e consequentemente da temperatura. Logo, em situação prolongada de hipertermia, esse processo pode ser mais prejudicial do que benéfico ao organismo.
Na hipotermia, os termorreceptores do SNC detectam a diminuição da temperatura corporal. O hipotálamo integra as informações dos termorreceptores e ativa mecanismos de aquecimento. O SNA simpático, promove a vasoconstrição cutânea por meio da liberação de noradrenalina em receptores alpha1, assim como na desidratação, reduzindo o fluxo de sangue na pele e a perda de calor. Os músculos são estimulados devido a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático de dentro das fibras musculares, causado pela noradrenalina. Esse aumento de cálcio intracelular desencadeia a interação entre actina e miosina, proteínas contráteis do músculo. Essa interação resulta em ciclos de contração e relaxamento de maneira rápida, causando o tremor característico de quando estamos com frio. O córtex cerebral pode aumentar a atividade muscular voluntária para gerar mais calor.
Já o sistema endócrino, aumenta o metabolismo para gerar mais calor. O hipotálamo ao detectar, pelos termorreguladores, a queda da temperatura, libera o hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que estimula a liberação de hormônio tireoestimulante (TSH) pela hipófise anterior, que por sua vez estimula a tireoide a liberar hormônios tireoidianos (T3 e T4). Esses hormônios aumentam o metabolismo basal e a produção de calor. Na Medula da Glândula Suprarrenal, a hipotermia pode levar à liberação de adrenalina em resposta ao estresse, o que aumenta o metabolismo e a produção de calor.
Todas essas situações podem gerar estresse psicológico, que ativa mecanismos do sistema nervoso, que age de maneira imediata. A amígdala, parte do cérebro relacionada a emoções, detecta a situação de estresse e ativa o hipotálamo, que por sua vez ativa o sistema nervoso simpático que desencadeia a liberação de noradrenalina e adrenalina pela medula da glândula suprarrenal, preparando o organismo para uma atividade energética. Esses hormônios aumentam a frequência cardíaca, pressão arterial, dilatação das pupilas, broncodilatação e mobiliza glicose do fígado. Tudo para fornecer um aumento de energia, atenção e circulação no organismo.
Já o sistema endócrino é ativado somente em um estado de estresse prolongado no qual o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal libera uma sequência de hormônios (hormônio liberador de corticotrofina, hormônio adrenocorticotrófico) que estimula a produção de cortisol pela glândula suprarrenal. O cortisol é um hormônio glicocorticoide que possui diversas ações no organismo: aumento da gliconeogênese, mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, supressão da resposta imune, aumento da pressão arterial, melhora da memória e da atenção. Além disso, o cortisol pode modular a sensibilidade à adrenalina e noradrenalina pelos neurônios.
FONTE: Silverthorn - Fisiologia Humana, 7ª edição
Reservei este final, para reiterar o quanto eu não gosto de realizar esse portifólio, e como que cada palavra que escrevo aqui eu sinto como se perdesse tempo. Acho importante colocar meu ponto de que acredito que este portifólio deveria ser facultativo e não mandatório. Não consigo enxergar a importância dele para todas as pessoas, entendo que pode ajudar alguns alunos a entenderem melhor as aulas, a revisarem e até mesmo ajudar o professor a conhecer um pouco mais o aluno. Mas acredito que existam maneira mais eficientes de fazer isto. Um exemplo, seria reservar um espaço no ulife para "reflexão da aula" em que o aluno simplesmente vá até aquele local e dê seu feedback da aula e do professor. Também poderia fazer o portifólio como uma forma de recuperar nota, de avaliação paralela. Seja como for, a construção desse portifólio é muito desgastante e custoso para mim, se eu tivesse a opção eu nunca o escreveria. Como é uma educação centrada ao aluno, acredito de verdade que essa opção deveria existir. Se o aluno é bem participativo nas aulas, se ele vai bem nas provas, não há necessidade de um portifólio para ajudar em sua avaliação. Espero que um dia a Uni e a Inspirali possam enxergar que para alguns alunos, a construção desse portifólio mais atrapalha do que ajuda, como no meu caso...